A morte de Jonathan Coelho, vítima da Covid-19, está a emocionar o mundo com a sua história e a preencher páginas de jornais e espaços em canais de televisão dos EUA.

Jonathan, que é neto de emigrantes portugueses do distrito da Guarda, esteve 28 dias hospitalizado, 20 deles ligado a um ventilador. Acabou por falecer aos 32 anos de idade, vítima de complicações cardíacas provocadas pela Covid-19.

O luso-americano era funcionário há uma década do Estado de Connecticut e estava afecto ao Tribunal de Danbury, apesar de viver na vizinha vila de Bethel.

Jonathan deixa mulher e dois filhos menores, Penelope, de 10 meses, e Braedyn, de 2 anos. A esposa Katie contou que, um dia antes de ser entubado, Jonathan deixou uma mensagem escrita nos rascunhos do telefone, dirigida a si e aos filhos, onde assumiu ter vivido “a melhor vida”.

Jon Coelho, 32, died Wednesday of cardiac arrest brought on by the coronavirus. He was a young and healthy husband and father of two.

After retrieving his belongings from the hospital, his wife found a note in his phone that he'd left her and the kids: https://t.co/lSmU4om3mV pic.twitter.com/PcKNwCFi6W
— julia reinstein 🚡 (@juliareinstein) April 23, 2020

“Amo-vos com todo o meu coração e vocês deram-me a melhor vida que eu alguma vez podia ter pedido”, escreveu Jonathan. “Sou tão sortudo e deixa-me tão orgulhoso ser teu marido e pai dos nossos filhos. Katie, tu és a pessoa mais bonita e atenciosa que eu podia ter conhecido. Faz tudo para que possas viver com a felicidade e a paixão que me fez apaixonar por ti”, acrescentou.

“Diz ao Braedyn que ele é o meu melhor amigo e que tenho orgulho de ser pai e de todas as coisas incríveis que ele fez e continua a fazer. Diz à Penelope que ela é uma princesa e poderá vir a ser o que quiser na vida. Tenho mesmo muita sorte”, escreveu o luso-americano.

O marido e pai de 32 anos terminou a carta pedindo a Katie que seguisse em frente e que se encontrasse alguém que a amasse tanto a ela como aos filhos para avançar.

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